Apesar de ser amparada por lei, a modalidade de ensino para jovens e adultos, muitas vezes passam desapercebidas. Especificamente esses grupos de discentes tem algumas características que os difere dos demais estudantes, pois normalmente são jovens, e adultos que devido a algumas situações abriram mão do aprendizado escolar, ou simplesmente não tiveram a oportunidade de estudar, e por isso são pessoas que são marginalizadas, vitimas de preconceito pela sociedade e até mesmo envergonhados perante a própria família.
Dentro do ensino de exatas em geral há uma grande dificuldade de aprendizagem, e é preciso do professor muita paciência, e entender que essas pessoas carregam bagagens, e muitas dessas bagagens são emocionais, relacionados com suas experiências sociais, mas que apesar disso são pessoas capazes que lutam para quebrar estereótipos, e serem aceitos socialmente.
Para um professor que lecione para esta modalidade, tanto no modalidade médio ou fundamental é necessário levar em consideração todo o histórico dos seus alunos, e trata-los com sensibilidade, empatia e compreensão, é necessário levar em consideração que são pessoas que embora não tiveram acesso a educação, são experientes, e agregam muitos conhecimentos que adquiriram ao longo da vida. Aproveitar esses conhecimentos é muito relevante no ensino de ciências, especificamente a ciência química, que é considerada muito difícil, pois geralmente os alunos não demonstram interesse, por acreditarem que a química está longe da sua realidade, tendo isto em vista, cabe ao professor quebrar esse paradigma e desmitificar essa ideia tão errônea.
Existem diversas abordagens que auxiliam o árduo trabalho do professor, e cabe a ele identificar qual a melhor forma de trazer a construção daquele conhecimento, ou seja, qual o método que ele deve recorrer que facilite ao aluno assimilar aquilo o que ele deseja, entre elas está as atividades investigavas, que permitem a construção efetiva do conhecimento, além de trazerem a química mais proximidade com a realidade e com cotidiano do discente, e também experimentos simples, mas que ajudam os alunos a visualizar e entender os conteúdos abordados.
Referencias:
CARBONE, Solange-DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: UMA REFLEXÃO COM ALFABETIZADORES DA EJA- UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DIRETORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO: MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO. Medianeira, 2013 >disponível em:
BUDEL, Geraldo José-ENSINO DE QUÍMICA NA EJA: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA COM ABORDAGEM DO COTIDIANO- CEEBEJA - CIC Curitiba – PR ,2009 >disponível em:1763-8.pdf (diaadiaeducacao.pr.gov.br)
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